quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Ferrari 365 GTS/4 (1969)




Miniatura de escala 1:38, que faz parte da segunda edição da coleção “COLLEZIONE SHELL”, lançada pelos Postos Shell e fabricada pela Maisto no início dos anos 2000.

Sobre o modelo F 365 GTS/4
      
            La nostra risposta a Ford a concorsi, Cavallino Rampante in avanti, avanti!

            Há na Ferrari 365 GTB/4 uma aura de revanche moral. Seu mito vem mais do poder da mídia que do carro em si. Sucessora da F 275 GTB/4, ela foi revelada no Salão de Paris de 1968 e logo apelidada de “Daytona”. A origem estava no pódio dominado pela Ferrari nas 24 Horas de Daytona no ano anterior.

            O modelo foi a última Ferrari de motor V12 antes de a Fiat adquirir 40% das ações da empresa, em 1969. Nos EUA, graças à legislação local, seria a última com esse motor até 1984. A carroceria de aço tem capô, portas e tampa do porta-malas de alumínio. Desenhada pela Pininfarina, ela mantém as clássicas proporções de frente longa e traseira curta. Mas impressiona pela faixa de plástico Plexiglass que cobre toda a dianteira, sobrepondo-se aos faróis duplos.

            Doze cilindros, seis carburadores de corpo duplo, lubrificação por cárter seco, 352 cv de potência: mecânica sofisticada e desempenho elevado, mesmo para os padrões de hoje.

           Já no Salão de Frankfurt, de 1969, seria apresentado o modelo conversível, produzido pela Scaglietti, a F 365 GTS/4 (S de spider) que teve grande procura, mas reduzidíssima produção: 125 unidades. A demanda por estes modelos conversíveis era tão grande que alguns proprietários transformavam suas Berlinettas. Algumas foram tão bem feitas que hoje só é possível identificar um modelo original através do número de chassi. A faixa de Plexiglass deu lugar ao sistema escamoteável de faróis em 1971. Nesse ano surgiu a F 365 GTC/4, com desenho diferenciado, interior 2+2 e 340 cv.

           O modelo de corrida tem carroceria de alumínio, rodas mais largas, spoiler dianteiro e outras alterações. Depois, só capô e tampa do porta-malas seriam de alumínio. Nas 24 Horas de Le Mans de 1972, ela faturou os cinco primeiros lugares da sua categoria, que venceria ainda nos dois anos seguintes.

           Foram construídas 1383 unidades do modelo Berlinetta, além dos 16 de competição e dos 125 conversíveis, ou seja, um total de 1523 unidades. Não é um dos produtos mais exclusivos que a Ferrari já lançou, mas mesmo assim a procura e seus preços continuam em alta. Um modelo fechado custa no mínimo US$ 100.000 no mercado europeu, os conversíveis são comercializados por mais de US$ 400.000 e um modelo de competição não sai por menos de incríveis US$ 1.000.000 - todos em excelente estado, naturalmente.

          Último Berlineta de motor dianteiro da marca e, último modelo a ser concebido, sem a participação da Fiat, o F 365 GTB/4 "Daytona" é sem dúvida um dos modelos mais lembrados pelos amantes da Ferrari e um dos mais valorizados pelo mercado.

          Una macchina immortale nella memoria di ogni appassionato di automobili.


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