terça-feira, 29 de novembro de 2011

Um tabu que não explica o automobilismo brasileiro


     No último domingo, Nelson Piquet foi homenageado em Interlagos pelos 30 anos de seu primeiro título na F1. Ídolo controverso do esporte nos anos 1980, o tricampeão mundial deu quatro voltas com o Brabham BT49 e virou protagonista em um modorrento GP do Brasil, caracterizado pelo anticlímax e pelo irregular desempenho dos pilotos locais.

     Nostálgico, frustrante e irregular. Seria, portanto, a derradeira etapa da temporada uma síntese do automobilismo brasileiro em 2011, ou melhor, nos últimos anos? Unanimidades são perigosas, principalmente em um esporte complexo como a F1, mas uma definição como esta talvez possa abrir uma janela de reflexão ao amante do automobilismo no país.

     É fácil e viciante analisar o Brasil pela perspectiva do futebol e cravar que, como há 20 anos o país não conquista títulos na F1, o automobilismo local esteja em decadência. O argumento não é irrelevante, mas não é pelo “tabu” de duas décadas sem troféus que se pode explicar o desempenho ruim dos pilotos brasileiros.

     Assim, seria simples raciocinar que, por conta dos 58 anos sem títulos, a Itália, com seu público fanático, possui um automobilismo em decadência, ou a Alemanha, que esperou 44 anos para ver um campeão na F1, nunca teve pilotos significativos no esporte antes de Michael Schumacher.

     Mais relevante seria entender por que a F3 Sul-Americana – que revelou nomes como Christian Fittipaldi, Ricardo Zonta e Bruno Junqueira no passado – conta com apenas seis pilotos no grid e a F-Futuro possui pouco apelo comercial às grandes empresas. Faltam resultados ao automobilismo brasileiro, mas também falta discussão: os maniqueísmos herdados da cultura do futebol – que, de certa forma, possuem um grande valor lúdico, mas não analítico – podem cegar o público e até a imprensa na avaliação do problema.

     Feita a ressalva, pode-se concluir que, de fato, os números em 2011 são ruins e o desempenho dos brasileiros é preocupante, em especial Felipe Massa. Se levarmos em conta que, nas outras cinco temporadas sem pódios brasileiros – 1976, 1977, 1979, 1996 e 1998 –, as máquinas disponíveis para os tupiniquins não eram as melhores, a situação do paulista não é boa.

     Além de sustentar o ônus de não ter conquistado nada melhor que um quinto lugar em 2011, Massa ainda viu o companheiro de equipe Fernando Alonso conquistar uma vitória em Silverstone e 10 pódios ao longo do campeonato.

     Nada disso, porém, tem a ver com o Brasil, como nação e “entidade”, na F1. Analisando organogramas de equipes como Virgin, Toro Rosso e até a “italiana” Ferrari, sabe-se que, em um esporte individual e multinacional, o tabu de uma “temporada brasileira sem pódios” nada mais é que uma generalização. Um sentimento de nostalgia aliado à frustração herdada de conceitos que não condizem com o esporte.

Massa admite pressão por resultados em 2012


    A única pressão sofrida por Felipe Massa no que será uma campanha crucial para o brasileiro na F1 em 2012 é a imposta por ele mesmo.

     Enquanto os chefes da Ferrari fazem questão de que Massa rebata os críticos e redescubra o desempenho que o deixou próximo do título em 2008, o piloto se diz consciente do quanto a próxima temporada será fundamental para seu futuro na F1.

     Ele, no entanto, nega que esteja incomodado com o peso exercido pela expectativa de seus chefes e, dentro de si, sabe que pode fazer melhor.

     “A pressão vem do meu lado”, explicou. “Cobro muito de mim, então acredito que me importo mais com minha cobrança que a dos outros.”

     “Você sempre tem pressão na F1, principalmente em grandes equipes como a Ferrari, portanto me importo mais com a minha cobrança e sei que posso fazer mais.”
Massa afirmou que o fato de não subir ao pódio neste ano não tem nenhum significado, pois sabe que nesta temporada não fez tudo que é capaz.

      “Com certeza, não foi positiva, mas também sou um dos pilotos na Ferrari que conquistaram mais pódios”, disse. “Então não é como se eu nunca tivesse conquistado um pódio ou lutado por vitórias. Tenho 11 vitórias e muitos pódios.”

Coulthard: “Massa foi o piloto mais decepcionante de 2011”


     David Coulthard fez uma lista destaques da temporada de 2011 na sua coluna no jornal inglês “The Telegraph” desta semana e elegeu Felipe Massa como a principal decepção de 2011.

     O escocês explicou que vários pilotos tiveram atuações abaixo do esperado, mas que o brasileiro se colocou em uma situação difícil dentro da Ferrari.

     “Não quero dizer ‘pior’ piloto do ano, pois claramente não existe um piloto ruim na F1. Mas claramente alguns pilotos tiveram atuações bem abaixo do esperado, especialmente Felipe Massa, da Ferrari, Lewis Hamilton, da McLaren, e Mark Webber, da Red Bull”, explicou o ex-piloto.

     “Eu provavelmente daria o prêmio para Felipe por nenhuma razão melhor do que o fato dele não ter vencido uma corrida. Na verdade, ele não terminou melhor do que quinto. Ele está em gelo fino em Maranello”, completou Coulthard.

        Massa encerrou a temporada sem nenhum pódio, contra dez do seu companheiro de equipe, Fernando Alonso, que ainda conseguiu uma vitória, no GP da Inglaterra.

      O escocês também elegeu Vettel como o melhor piloto, mas fez algumas considerações lembrando as boas temporadas de Alonso e Jenson Button.

     “Fernando Alonso fez um ano brilhante com a Ferrari, que estava sofrendo para acompanhar [os rivais], enquanto Jenson Button conseguiu não só bater o seu companheiro de McLaren, Lewis Hamilton, mas também Alonso e a Red Bull de Mark Webber, que estava pilotando o mesmo carro de Vettel, o que foi admirável. Mas Sebastian foi o destaque, sem dúvida”, afirmou Coulthard, que apontou o GP do Canadá como melhor corrida da temporada.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Salão do automóvel do crime

Nos últimos anos, tem chamado a atenção da opinião pública o luxo ostentado por criminosos presos pela polícia. Nas grandes operações da Polícia Federal, por exemplo, é comum ver carros de luxo - como Ferraris e Porsches - apreendidos, seja por estarem com a documentação irregular ou por terem sido comprados com dinheiro sujo. O Terra selecionou 25 supercarros apreendidos nos últimos 3 anos, que, juntos, valem quase R$ 10 milhões. Veja o salão do automóvel do crime:  Foto: Divulgação

     Nos últimos anos, tem chamado a atenção da opinião pública o luxo ostentado por criminosos presos pela polícia. Nas grandes operações da Polícia Federal, por exemplo, é comum ver carros de luxo - como Ferraris e Porsches - apreendidos, seja por estarem com a documentação irregular ou por terem sido comprados com dinheiro sujo. A seguir, algumas das macchinas de Maranello apreendidas.  

 Uma Ferrari F430 Spyder F1 pertencente a um suspeito de tráfico de drogas, no valor de R$ 1.136.590,00, também foi apreendida na Operação Maranello  Foto: PF/Divulgação

     Uma Ferrari F 430 Spyder F1 pertencente a um suspeito de tráfico de drogas, no valor de R$ 1.136.590,00, foi apreendida na Operação Maranello.

Também foi a leilão uma Ferrari F430 Spyder F1, com valor estimado em R$ 1.043.347,00  Foto: Receita Federal/Divulgação

     Também foi a leilão uma Ferrari F430 Spyder F1, com valor estimado em R$ 1.043.347,00.

Uma Ferrari 360 Modena F1, avaliada em R$ 676.519, também foi incluída no leilão  Foto: Receita Federal/Divulgação

     Uma Ferrari 360 Modena F1, avaliada em R$ 676.519, também foi incluída no leilão.

Em menos de um mês, a Receita Federal apreendeu em Belo Horizonte (MG) duas Ferraris Testarossa com placas idênticas, ambas na cor vermelha. O primeiro automóvel, avaliado em R$ 300 mil, foi apreendido no dia 28 de julho de 2011  Foto: Receita Federal/Divulgação

      Em menos de um mês, a Receita Federal apreendeu em Belo Horizonte (MG) duas Ferraris Testarossa com placas idênticas, ambas na cor vermelha. O primeiro automóvel, avaliado em R$ 300 mil, foi apreendido no dia 28 de julho de 2011.

A segunda Ferrari, também avaliada em R$ 300 mil, foi apreendida 13 dias depois  Foto: Receita Federal/Divulgação

     A segunda Ferrari, também avaliada em R$ 300 mil, foi apreendida 13 dias depois.

Fonte: Terra

Pilotos usam capacete para homenagear Ayrton Senna


Rubens Barrichello

Fã de Senna, Hamilton mostra capacete que usará no GP do Brasil. Foto: Reuters

Lewis Hamilton


Felipe Massa

Piloto brasileiro acredita que decisão dos árbitros não foi correta . Foto: AP

Bruno Senna

Quatro voltas com o tricampeão Nelson Piquet e o Brabham BT49 em Interlagos

Piquet foi homenageado antes do GP Brasil de Fórmula 1, em Interlagos. Foto: Anderson Regio/Terra

     O brasileiro Nelson Piquet voltou a um cockpit de Fórmula 1 neste domingo em Interlagos, palco do GP do Brasil, etapa final da temporada 2011. O tricampeão mundial foi homenageado pela organização da prova e teve a chance de pilotar o modelo BT49 da extinta equipe Brabham. O ex-piloto emocionou o público presente, que ovacionou e, de pé, aplaudiu o ídolo nas arquibancadas. No final das quatro voltas da apresentação, ele carregou a bandeira do Vasco, que está na briga pelo título do Campeonato Brasileiro.
 
     "É muito bom pessoalmente e pela família, que nunca me viu andar na Fórmula 1. É um carro maravilhoso que me deu o primeiro título mundial em 1981", afirmou Piquet. Seu filho Nelsinho, que teve breve passagem pela principal categoria do automobilismo mundial, estava ao lado do pai na hora da saída dos boxes para a apresentação.
     
     Com o carro, Piquet conquistou o seu primeiro título mundial em 1981 e subiu três vezes ao ponto mais alto do pódio vencendo os Grandes Prêmios de Argentina, San Marino e Alemanha, além de ter largado três vezes na pole position. A homenagem contou com as presenças de ex-membros da Brabham como Herbie Blash (chefe de equipe), Charles Whiting (chefe dos mecânicos) e Nigel De Strayter (mecânico).
 
     Em Interlagos, o tricampeão pôde dar quatro voltas no traçado e deixou emocionado os torcedores. Pela mesma equipe Brabham, Piquet levou o segundo título mundial em 1983 - o terceiro foi conquistado pela Williams.
 
     Ao final da apresentação, Piquet, 59 anos, descartou repetir a homenagem em 1983, quando comemorará 30 anos do bi pela mesma Brabham.
 
     "Já estava morrendo (após quatro voltas). Era hora de entrar. Meu tempo de piloto passou. Tenho outro trabalho, outros interesses e prioridades. A vida vai mudando com o tempo, mas aquela época foi maravilhosa", completou.
 
     Já no retorno ao paddock, Nelson Piquet recebeu um abraço de Bernie Ecclestone, chefe da F1 e antiga dono da escuderia Brabham.
 
     Nesta semana, em Interlagos, Piquet voltou a ser polêmico ao dizer que Felipe Massa não é mais o mesmo desde o acidente no GP da Hungria de 2009, afirmou que estava "cag..." para a homenagem e fez denúncias contra a atual direção da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).

     Apresentação de Nelson Piquet:


Fonte: Terra

Resultados do GP do Brasil (2011)

Webber já havia ganhado o GP do Brasil em 2009 e conquistou nova vitória após problema no câmbio de Vettel. Foto: Getty Images

     Confira o resultado final do Grande Prêmio do Brasil:

1: Mark Webber (AUS/Red Bull) - 71 voltas em 1h32min17s434
2: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 16s983
3: Jenson Button (ING/McLaren) - a 27.638
4: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 35s048
5: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1h06min733s

6: Adrian Sutil (ALE/Force India) - a uma volta
7: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a uma volta
8: Paul di Resta (ESC/Force India) - a uma volta
9: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a uma volta
10: Vitaly Petrov (RUS/Renault) - a uma volta
11: Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a uma volta
12: Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - a uma volta
13: Sergio Perez (MEX/Sauber) - a uma volta
14: Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a uma volta
15: Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a uma volta
16: Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a duas voltas
17: Bruno Senna (BRA/Renault) - a duas voltas
18: Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a duas voltas
19: Jerome d'Ambrosio (BEL/Virgin) - a três voltas
20: Daniel Ricciardo (AUS/Hispania) - a três voltas

     Abandonaram:

Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - Volta 61
Lewis Hamilton (ING/McLaren) - Volta 46
Pastor Maldonado (VEN/Williams) - Volta 26
Timo Glock (ALE/Virgin) - Volta 21

     Classificação por equipes:

01Red Bull»650
02McLaren»497
03Ferrari»375
04Mercedes»165
05Renault»73
06Force India»69
07Sauber»44
08Toro Rosso»41
09Williams»5
10HRT»0
11Team Lotus»0
12Virgin»0

    Classificação por pilotos:

01Sebastian Vettel»Red Bull»392
02Jenson Button»McLaren»270
03Mark Webber»Red Bull»258
04Fernando Alonso»Ferrari»257
05Lewis Hamilton»McLaren»227
06Felipe Massa»Ferrari»118
07Nico Rosberg»Mercedes»89
08Michael Schumacher»Mercedes»76
09Adrian Sutil»Force India»42
10Vitaly Petrov»Renault»37
11Nick Heidfeld»Renault»34
12Kamui Kobayashi»Sauber»30
13Paul di Resta»Force India»27
14Jaime Alguersuari»Toro Rosso»26
15Sebastien Buemi»Toro Rosso»15
16Sergio Perez»Sauber»14
17Rubens Barrichello»Williams»4
18Bruno Senna»Renault»2
19Pastor Maldonado»Williams»1
20Pedro de la Rosa»Sauber»0
21Jarno Trulli»Team Lotus»0
22Heikki Kovalainen»Team Lotus»0
23Vitantonio Liuzzi»HRT»0
24Jerome d' Ambrosio»Virgin»0
25Timo Glock»Virgin»0
26Daniel Ricciardo»HRT»0
27Narain Karthikeyan»HRT»0
28Karun Chandhok»Team Lotus»0

 Fonte: Terra
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