Fernando Alonso minimizou o cenário de forças visto nas últimas provas e jogou o favoritismo para o GP da Hungria à líder do campeonato, a Red Bull.
A Ferrari vem obtendo resultados positivos sobre a rival nas últimas provas, sendo que a equipe austríaca sofreu derrotas tanto em Valência quanto em Silverstone.
Alonso, que venceu na Inglaterra e foi segundo colocado em Nurburgring, ainda põe a Red Bull como força a ser batida em Budapeste.
“O ponto de referência claramente ainda são eles [Red Bull]. Eles fizeram dobradinha na classificação de Silverstone, há duas corridas, e primeiro e terceiro no último treino, na semana passada. Nós nunca fizemos isso até hoje”, explica o espanhol, que afirma que o carro da Ferrari nesta prova será semelhante ao visto na semana passada, em Nurburgring, apenas com algumas pequenas adaptações ao traçado mais apertado de Hungaroring.
“Nos domingos, fazemos boas corridas e estamos no pódio constantemente nos últimos GPs, mas, na performance pura dos carros, não há comparação entre a Red Bull e nós, mesmo que tenhamos crescido.”
O desempenho apresentado pela equipe austríaca no ano passado, quando venceu com Mark Webber, aumenta ainda mais seu favoritismo aos olhos de Alonso.
“Eles eram muito velozes aqui no segundo setor, um segundo mais rápido que o terceiro [colocado]. Vamos ver neste ano. Estamos todos curiosos para ver se isso mudou ou não. Penso que seja um circuito favorável a eles, com mudanças de direção, mas pensávamos o mesmo em Silverstone. Então, temos a esperança de andar forte aqui.”
O bicampeão mundial destacou o esforço da Ferrari em desenvolver o modelo 150º Italia nas últimas provas, quando a equipe se aproximou das líderes e mostrou um rendimento mais competitivo.
“Acho que é uma satisfação ver que encontramos o caminho correto nos desenvolvimentos. Estou muito feliz não só para este ano, mas fico confiante para o próximo ano”, disse o espanhol.
“Isso é algo que aconteceu nos últimos anos. No ano passado, na segunda metade do campeonato, eu fui quem mais marquei pontos, de Silverstone ou Valência em diante. Em 2009, acho que foi Kimi [Raikkonen] quem tenha feito mais pontos, mas o segundo fui eu, com a Renault.”
“Em 2008, aconteceu algo semelhante quando venci em Cingapura e Fuji, ainda com a Renault. Há sempre essa tendência de fazer pontos na segunda metade da temporada, mas precisamos entender o porquê.”
O espanhol, que completa 30 anos de idade nesta sexta-feira, destaca seu desenvolvimento desde que chegou à categoria, há dez anos, e se vê maduro o suficiente para lidar com as pressões da F1.
“Quando comparo com meus primeiros anos na F1, me sinto muito mais maduro, mais preparado como piloto. Aprendi muitos estilos de pilotagens desde que cheguei com 19 anos, quando tinha o estilo de kart. Aprendi muito com meus companheiros desde o início, com Jarno [Trulli], depois com Fisico [Giancarlo Fisichella], [Jacques] Villeneuve, [Lewis] Hamilton, Nelsinho [Piquet], [Romain] Grosjean e Felipe [Massa]. Tive a sorte de ter companheiros com muitos estilos diferentes e procurei aprender a média de todos”, detalhou o asturiano.
“Com 30 anos, estou mais preparado para a vida em geral e para a exigência deste esporte. Não só como piloto, mas também à pressão, ao estresse, à falta de privacidade, tudo isso também cresceu.”
“[Como presente de aniversário] Gostaria que tudo continuasse assim, com tudo em ordem em família, com todos felizes e com saúde. Não peço nada material ou a nível profissional, porque isso deve ser adquirido com trabalho e não com um pedido mágico.”
Alonso ocupa a quarta posição no Mundial de Pilotos, apenas nove pontos trás do vice-líder, Mark Webber.