quinta-feira, 21 de julho de 2011

Niki Lauda em Monte Carlo (1976): sexagésima terceira vitória da Ferrari



     Vinte a cinco carros estavam inscritos para o GP de Mônaco, mas apenas vinte iriam se qualificar para a corrida, de acordo com a organização da prova. Assim sendo, e para evitar essa prova, a RAM decidiu não participar com os seus Brabham BT44. Outro que também não apareceu nas ruas de Monte Carlo foi Mario Andretti, pois tinha decidido participar nas 500 Milhas de Indianápolis, prova que seria realizada no mesmo dia. Assim sendo, a Lotus tinha apenas Gunnar Nilsson nas ruas do Principado.

     Na Surtees, Brett Lunger tinha ficado sem carro, pois John Surtees tinha vendido o seu chassis a Henri Pescarolo, que tinha o patrocinio da Norev. "Pesca" estava de volta à Formula 1 após um ano e meio de ausência. Outra equipe que tinha apenas um carro era a Fittipaldi, deixando Ingo Hoffmann a pé.



     Na qualificação, a primeira fila demonstrava claramente o domimio da Ferrari, com Niki Lauda na pole position, e Clay Regazzoni em segundo. A segunda fila tinha o March de Ronnie Peterson no terceiro posto, conseguindo bater o Tyrrell de seis rodas do francês Patrick Depailler, que foi melhor do que o seu companheiro, o sul-africano Jody Scheckter. O alemão Hans Joachim Stuck era o sexto no grid com o seu March, melhor do que Emerson Fittipaldi, que conseguiu um surpreendente sétimo posto com o seu próprio carro, na frente do Ligier-Matra de Jacques Laffite. Fechando o "top ten" estavam o terceiro March de Vittorio Brambilla e o Shadow de Jean Pierre Jarier.

      Surpreendentemente, James Hunt teve uma péssima qualificação e não conseguiu mais do que o 14º tempo, atrás do Brabham - Alfa Romeo de José Carlos Pace. O seu companheiro, Carlos Reutemann esteve à beira da não-qualificação, largando do 20º lugar. Mas o pior ocorreu para os cinco não qualificados: o Wolf-Williams de Jacky Ickx, o Surtees privado de Henri Pescarolo, o Boro de Larry Perkins, o March de Arturo Merzário e o Hesketh de Harald Ertl.



     A corrida começa com Lauda mantendo a liderança, mas Regazzoni perde o segundo lugar para Peterson. Mais atrás, Carlos Reutemann tenta passar o Surtees de Alan Jones, mas ambos colidem na Ste. Devote e saem da prova. Até à volta 15, não houve nenhuma alteração significativa nas primeiras posições, exceto quando Scheckter conseguiu ulpassar o seu companheiro Depailler na luta pelo quarto posto.

     Pouco depois, James Hunt dá uma escapada na Curva Tabac, e cai para o final do pelotão, onde permanece até à volta 24, altura em que o seu motor explode. Quando isto ocorreu, Hunt deixou uma grande quantidade de óleo na pista, o que fez com que Regazzoni derrapasse na volta seguinte, saindo fora da pista e perdendo duas posições para os Tyrrell. Na volta seguinte, a vitima foi Ronnie Peterson, que escorregou e bateu nas barreiras de proteção, perdendo o segundo lugar.

     Com isto, os Tyrrell ficaram com o segundo e terceiro postos, mas estavam cada vez mais distantes de Niki Lauda, que era cada vez mais lider da corrida. Mais para o final do GP, Depailler começou a perder terreno devido a problemas com a sua suspensão. No final da volta 64, foi ultrapassado por Regazzoni, mas dez voltas depois o piloto suiço cometeu um erro e bateu nas barreiras, dando o terceiro lugar de volta ao piloto francês.



     Pouco depois, Niki Lauda recebia a bandeira quadriculada e conseguia mais uma vitória no campeonato, distanciando-se cada vez mais, rumo a um bicampeonato que quase parecia inevitável. Scheckter e Depailler eram segundo e terceiro, nos seus Tyrrells, enquanto que nos restantes lugares pontuáveis ficavam o March de Stuck, o McLaren de Jochen Mass e o carro de Emerson Fittipaldi.

     Melhores momentos do GP:



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