sexta-feira, 1 de julho de 2011

Niki Lauda em Zolder (1975): quinquagésima quarta vitória da Ferrari


     Quinze dias depois de Mônaco, onde Niki Lauda conseguia a sua primeira vitória do ano, a Ferrari chegava a Zolder com o objetivo de capitalizar essa vitória para lançar as candidaturas para o título. Apesar de naquele ano ter havido cinco vencedores diferentes, esperava-se que em Zolder, as coisas fossem de novo favoráveis à Ferrari.

     No pelotão da Formula 1, a Parnelli e a Ensign não estavam presentes no grid por vários motivos. Mario Andretti tentava a  sorte nas 500 Milhas de Indianápolis, enquanto que Roelof Wundernik tinha se lesionado numa corrida de Formula 5000 e a equipe primou pela ausência. Na Embassy-Hill, com Graham Hill já nos bastidores, e Rolf Stommelen ainda se recuperando dos ferimentos, foram contratados dois pilotos para a ocasião: o britânico Tony Brise e o francês Francois Migault.

      Os treinos tiveram alguns episódios inusitados, e um deles foi no mínimo estranho. O Lotus de Ronnie Peterson teve um problema mecânico e encostou. Contudo, este ficou numa posição perigosa para os outros pilotos, e os organizadores decidiram aplicar uma multa.


     No final das sessões de qualificação, Niki Lauda foi o "poleman" em Zolder, mas os tempos foram todos feitos na Sexta-feira, porque os treinos de sábado foram sob chuva. Ao seu lado estava o Brabham de José Carlos Pace, enquanto que a segunda fila, surpreendente, aparecia o March de Vittorio Brambilla e o segundo Ferrari de Clay Regazzoni. Em quinto lugar no grid estava o Shadow de Tom Pryce, tendo a seu lado o segundo Brabham de Carlos Reuetmann. Outra grande surpresa era o sétimo lugar do Hill de Tony Brise, que conseguira bater o McLaren de Emerson Fittipaldi, o oitavo no grid. O Tyrrell de Jody Scheckter e o segundo Shadow de Jean Pierre Jarier fechavam o "top ten" nesta corrida belga.


     A corrida começa com Pace largando melhor que Lauda, mas ambos iam ser superados pelo italiano Brambilla, que era o lider no final da primeira volta. Mais atrás, o Surtees de John Watson e o McLaren de Jochen Mass colidem, ficando o alemão pelo caminho. Na volta seguinte, uma nova colisão entre o Hesketh de Alan Jones e o Williams de Jacques Laffite resultou no abandono do piloto australiano, ao mesmo tempo em que o segundo piloto da Williams, o italiano Arturo Merzário, desistia com problemas na embreagem.

     Poucas voltas depois, Brambilla estava na liderança da corrida, quando Pace começou a ter problemas com os freios. Aliás, isto viria a ser a praga de todos os pilotos, especialmente na parte final. O italiano ficou na liderança por algumas voltas, até que os seus freios também começaram a ceder, sendo ultrapassado por Lauda. Pouco depois, perdia o segundo posto para o sul-africano da Tyrrell, que vinha fazendo uma prova de recuperação e chegava ao segundo posto por volta do primeiro terço da corrida.


     À medida que a corrida prossegia, a resistência dos carros começava a se esgotar. Pace tinha problemas para controlar a direcção do seu carro, e depois ficou sem a terceira marcha, caindo na classificação geral. A mesma coisa aconteceu com Brambilla, especialmente depois de sofrer com um pneu furado e ir aos boxes, entregando o terceiro posto a Reutemann, que tinha Regazzoni e Fittipaldi na sua "cola".


     Mais tarde, Brambilla desistiu, vitima dos freios, enquanto que fittipaldi sofreu com o mesmo problema no final da corrida, perdendo três lugares nas voltas finais e acabando em sétimo, fora dos pontos. Mas o grande vencedor foi Niki Lauda, que conseguia a sua segunda vitória consecutiva e provavelmente se tornava o candidato numero um ao título mundial. Jody Scheckter e Carlos Reutemann subiam ao pódio, enquanto que o segundo Tyrrell de Patrick Depailler, o segundo Ferrari de Clay Regazzoni e o Shadow de Tom Pryce ficavam com os restantes lugares pontuáveis.

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