sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Jody Scheckter em Zolder (1979): septuagésima sexta vitória da Ferrari


      Duas semanas depois de Jarama, máquinas e pilotos chegavam a Zolder para a sexta prova do campeonato do Mundo de 1979, com mais algumas novidades no pelotão, o que levou a  um aumento do grid de largada para o inusitado número de 30 carros.


     A grande novidade era a chegada da Alfa Romeo como chassis. Afastada desde o final da temporada de 1951, mas presente desde 1976 como fornecedora de motores, voltava em 1979 com o seu próprio chassis, construído pela Autodelta, de Carlo Chiti. Este carro era guiado por Bruno Giacomelli, terceiro piloto da McLaren no ano anterior. O chassis tinha dois anos, o 177, e o motor era o velho (e pouco fiável) 12 cilindros em linha, mas já preparava-se um novo chassis, o 179, aliado a um novo motor V12.

     Outro que aparecia de novo no pelotão da Formula 1 era a Kahusen. Gianfranco Brancatelli conduzia o carro, mas esse continuava lento, muito lento. Depois de ficar a mais de 8 segundos do tempo da “pole position”, a equipe decidiu encerrar as atividades. Quanto ao chassis, Arturo Merzário decidiu comprá-lo e fazer dele o Merzario A2. O resultado seria o mesmo…

     Nos treinos, os melhores foram os Ligier, com Jacques Laffite à frente de Patrick Depailler. Na segunda fila ficaram o Brabham-Alfa Romeo de Nelson Piquet, que ficou na frente de Alan Jones, no seu Williams FW07. Na terceira fila, ficaram o Lótus 80 de Mário Andretti e o Ferrari de Gilles Villeneuve, enquanto que na quarta fila estavam o segundo Ferrari de Jody Scheckter e o segundo Williams de Clay Regazzoni. Fechando o “top ten” Tínhamos o Wolf-Cosworth de James Hunt e o segundo Lótus de Carlos Reutemann.

    Niki Lauda era 13º no grid, enquanto que Emerson Fittipaldi partia da 23º posição no seu velho Fittipaldi F5A. Já os Renault eram 17º e 18º no grid, com Jean Pierre Jabouille melhor do que René Arnoux. Das 30 inscrições, apenas 26 pilotos qualificados. Quatro ficaram de fora, entre eles o McLaren de Patrick Tambay, que não conseguiu qualificar-se num velho M26, já que o M28 tinha sido destruído pelo seu companheiro John Watson, o Merzário A1 de Arturo Merzário, o Kahusen de Gianfranco Brancatelli e o Ensign de Derek Daly.


     Na largada, Depailler parte melhor do que Laffite, que por sua vez perde mais posições para Alan Jones e Nelson Piquet. Scheckter, que não largou bem, perde uma posição para Clay Regazzoni, e na volta seguinte, tenta recuperá-la. Só que na tentativa de ultrapassagem ambos colidem, e envolvem o outro piloto da Scuderia, Gilles Villeneuve. Ambos os Ferrari continuam na prova, mas o canadense tem de ir aos boxes para trocar o bico, enquanto que a corrida de Clay Regazzoni termina por ali.

    Entretanto, na quarta volta, Jacques Laffite, passa o Brabham de Nelson Piquet na luta pela quarta posição. Mais atrás, Scheckter apanha Mário Andretti e ultrapassa-o para entrar nos pontos. Pouco depois, o sulafricano apanha o brasileiro da Brabham e também consegue a ultrapassagem, para ficar na quinta posição. Tudo permanece assim até à volta 19, quando Laffite, que já tinha ultrapassado Jones e ficado com a segunda posição, atrás de Depailler, ultrapassa o seu companheiro de equipe, ficando com a liderança. Contudo, cinco voltas mais tarde, com Depailler perdendo tempo, Jones volta ao ataque e ultrapassa Lafitte, assumindo a liderança.
 
 
      O australiano fica por lá até à volta 40, quando tem uma pane elétrica e fica parado na pista. Agora, o líder era Depailler, que estava na frente de Laffite. As coisas ficam assim até á volta 47, quando o francês comete um excesso e termina nas barreiras de proteção, dando a liderança de bandeja ao seu companheiro Laffite. Nesta altura, o segundo classificado era o Ferrari de Jody Scheckter, que neste momento se aproximava gradualmente do piloto da Ligier, e na volta 54, fica com a liderança, a qual não perderia mais até a bandeira quadriculada.


     Completando o pódio tínhamos o Tyrrell-Cosworth de Didier Pironi, que consegue ultrapassar nas últimas voltas o Lótus de Carlos Reutemann, conquistando assim o primeiro pódio da carreira. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Arrows de Riccardo Patrese e o McLaren de John Watson.

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