A temporada 1960 foi de afirmação dos motores Climax, com seis vitórias da Cooper e duas da Lotus. Ambas as equipes dominaram o campeonato e a Cooper foi o destaque mais uma vez. A escuderia faturou o título de constutores e fez as duas primeiras posições no mundial de pilotos.
Além disso, o sistema de pontuação mudou. Agora o sexto colocado passava a ganhar 1 ponto. Essa era também a última temporada na qual as 500 milhas de Indianápolis seriam disputadas.
Para a Ferrari, atemporada foi bastante complicada. A equipe triunfou, apenas na prova italiana.
Três semanas depois do GP de Portugal, Jack Brabham tinha o título mundial nas mãos, logo, as duas provas finais, a de Monza e de Riverside, nos Estados Unidos, não serviam mais do que para cumprir calendário. Assim sendo, quando a organização do GP italiano decidiu apresentar a versão de Monza que incluia o circuito normal e a oval, no total de dez quilómetros, a Cooper, BRM e a Lotus decidiram não participar, alegando as más condições de segurança.
Com este anuncio, praticamente a corrida seria um passeio para a Ferrari, que não se fez de rogada, inscrevendo quatro carros para os americanos Phil Hill e Richie Ginther, o belga Willy Mairesse e o alemão Wolfgang Von Trips, este último num modelo de Formula 2. Todos os carros eram modelos D 246 de motor à frente, absolutamente obsoletos em relação aos Cooper e Lotus de motor traseiro. Mas não seriam só os Ferrari que iriam correr em Monza. A Porsche inscrevia dois carros para Hans Hermann e Edgar Barth, enquanto que havia quatro Coopers: dois da Scuderia Centro Sud, para Alfonso Thiele e Guido Scarlatti, e outros dois carros da Scuderia Castelloti, com motores Castelotti para os italianos Guido Cabianca e Gino Munaron.
Havia também inscrições privadas. Um Behra-Porsche, utilizado pelo americano Fred Gamble, um Maserati 250 F inscrito pelo britânico Horace Gould, um JBW-Maserati para Brian Naylor, e quatro Cooper-Climax privados para o alemão Wolfgang Seidel, para o italiano Piero Drogo e para os britânicos Vic Wilson e Arthur Owen. Ao todo, estavam presentes dezesseis carros, dos quais, Horace Gould não participou na partida, devido a problemas mecânicos.
Nos treinos, os Ferrari dominaram: Hill, Ginther e Mairesse ficaram com a primeira linha do grid, seguido do Cooper-Castelotti de Cabianca e o Cooper-Maserati de Scarlatti, enquanto que na terceira fila ficaram o Ferrari de Von Trips, o JBW de Naylor, e o segundo Cooper-Castelotti de Munaron, e para fechar o "top ten" tínhamos o Cooper-Maserati de Thiele e o Porsche de Hermann.
A corrida não foi mais do que um passeio da Ferrari. Nas cinquenta voltas ao circuito, os Ferrari dominaram, com Hill sempre na frente, depois de no inicio Ginther ter-se retirado da liderança. Mais atrás, Mairesse teve de reduzir a velocidade do seu carro devido a ordens de equipe, que queriam que ele "rebocasse" o carro de Von Trips, que tentava se afastar dos Porsches. Quando isso aconteceu, Mairesse aumentou o ritmo e apanhou o Cooper-Castelotti de Cabianca, que era terceiro e ficou com um lugar no pódio.
Assim, a ordem nos treinos foi respeitada e Phil Hill tornou-se no final da corrida, o primeiro americano a vencer um Grande Prémio de Formula 1, e também o último piloto de um carro com motor à frente a vencer. Ginther foi segundo e Mairesse o terceiro, a uma volta do vencedor. Nos restantes lugares pontuáveis ficaram o Cooper-Castelotti de Guido Cabianca, que conseguiria os unicos pontos na Formula 1, o Ferrari de Von trips e o Porsche de Hans Hermann.
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